domingo, 21 de fevereiro de 2010

Sensações...

Já te sentiste livre?
Livre de toda a bagagem emocional, de todas as pequenas ligações que te prendem ao indesejável.
Já te sentiste dependente?
Dependente de uma rotina, do porto seguro onde sabes que estará sempre o tal barco á tua espera.
Já te sentiste dormente?
Incapaz de encontrar os sentidos, de dizer o último adeus.
Já te sentiste contente?
Sentir o sol a irradiar dentro de ti e ver o reflexo dessa luz em cada sorriso que por ti passa.
E hoje, como te sentes?

sábado, 9 de janeiro de 2010

SER.


Ás vezes, a minha cabeça não pára de andar à roda. Preciso de espaço para respirar, para absorver um falso alívio que me percorre a mente.
A vida por vezes empurra-me, mas eu não quero cair, não quero viver debaixo de um constante assombro.
Ás vezes sinto-me como uma borboleta a quem cortaram as asas, indefesa, inútil.
Momentos de tristeza me preenchem de vez em quando, só a música me alivia a alma, faz-me sair de mim e vaguear pelas linhas do passado, quando eu achava que conhecia a felicidade.
Sinto que a minha vida se assemelha a um baralho de cartas, damos-lhes muita importância na altura do jogo, mas no fim são só rectângulos de papel plastificado.
Recordações como fotografias a preto e branco na minha cabeça, fotografias que o destino tirou para me atormentar.
Sinto-me uma tela em branco, pedindo para ser transformada em algo inesquecível.
É, é isso mesmo, quero SER.
Quando eu puder SER, então a minha jornada em busca de sensações novas terá acabado e a minha vida terá sentido de novo, terei renascido.

domingo, 1 de novembro de 2009

i need you.


















Segura-me,
Não me deixes cair,
Não deixes a minha essência morrer,
O mundo ruir;

Preciso de ti,
Esse teu encanto,
Livra-me deste sofrimento,
Deste pranto;

Teu olhar de ternura,
Já não aguento a pressão,
Sou uma guerreira sem armadura,
Protege-me o coração;

Quero desanuviar,
Atingir a serenidade,
Quero gritar,
Sentir que a paz me invade;

Já não consigo reagir,
Vou-me deixar levar,
Segura-me,
Não me deixes cair.

Karina Silveira

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

pensamentos no vazio.

Como é bom estar só,
O vento a sussurar,
Ninguém para brigas,
Ninguém para rebaixar.

Sentir o espírito livre,
Um livro aberto,
Uma viagem sem destino,
Neste trilho incerto.

Momentos que nos marcam,
De amor e compaixão,
Já nenhumas grades nos param,
Vem, dá-me a mão.

Destruir as ruínas,
Derrubar as barreiras,
Vamos abrir novos mundos,
E passar todas as fronteiras.

Tudo isto são pensamentos,
De uma menina abandonada,
Sem qualquer saída,
Presa, enjaulada.

Karina Silveira

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

dreams.

Childhood dreams...
I had them too.
I can almost remember how happy i was,
how inocent i was...
One day i wanted to be a ballarina,
graceful as a swan and beautiful as a
summer sunset.
After a while i decided that dancing
was no longer my passion.
I ended my ballet career and picked
a new goal from the shelf of happieness.
As i got older the shelf got emptier
and emptier and today i stand beside
an abandoned bookcase waiting for a miracle.
Waiting for a sign that will tell me that
the shelf is about to be refilled with
good memorys and inner peace.

Karina Silveira

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

momentos de reflexão.

O som das ondas,
O cheiro a mar,
Momentos vazios,
Que me fazem pensar;

O entardecer,
A brisa leve,
Só me apetece correr,
Mas o meu corpo não cede;

Planos de fuga,
Pensamentos inacabados,
Evidentes na transparência,
Dos meus olhos cansados;

Tardes sozinha,
Dias de solidão,
Gosto de ver as coisas,
Como elas realmente são;

Marcas do passado,
Mágoas recentes,
Com grande violência,
Percorrem a minha mente.

Karina Silveira


paz que não chega.

Um leve murmúrio,
O último olhar,
Tenho o coração vazio,
Só me apetece gritar.

No escuro da noite,

Na luz do dia,
Tenho de ser forte,
Enfrentar a agonia.

Quanto o vento abrandar,

E os olhos deixarem de brilhar,
Já posso descansar,
Já posso flutuar...

Karina Silveira